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[Taca groga. Cuenca, 2010. Foto: Joan Navarro]
⌠Lorenzo García Vega⌡
Alguna cosa així com una confessió Alguma coisa como uma confissão
Algo así como una confesión
|Lorenzo García Vega nació en Jagüey Grande, provincia de Matanzas, Cuba, en 1926. En 1952 recibió el Premio Nacional de Literatura de Cuba. Entre sus últimos libros se encuentran: El oficio de perder (2004), Cuerdas para Aleister (2005). En la actualidad vive en Playa Albina, Miami.
Alguna cosa així com una confessió
|Lorenzo García Vega va nàixer a Jagüey Grande, província de Matanzas, Cuba, el 1926. El 1952 va rebre el Premi Nacional de Literatura de Cuba. Entre els seus darrers llibres es troben: El oficio de perder (2004), Cuerdas para Aleister (2005). Actualment viu a Playa Albina, Miami.
| Traducció: Joan Navarro
Alguma coisa como uma confissão
Este, puro com zero. Este quadrado, zero branco?
Feio como só ele, mas continuo ligado no meu pátio (“o pátio da minha casa –dizia minha canção- é particular”).
Disseram –entre outras coisas- que traumatismos, ou resíduos, já são chiclete.
Por isso, embora possa parecer que estou ligado nos meus pés também é possível que eu me esqueça dos meus pés –porém, isto também não significa muita coisa.
Por isso, então, diríamos que a Natureza é uma palavra que não quer dizer nada.
E o negócio é engraçado, embora não o pareça
(assim como também não tem de engraçado tudo que possa parecer engraçado).
Outra, também inútil, confissão
Eu não me pareço com ninguém, talvez. Isto eu
digo a mim mesmo, enquanto se aproxima o instante em que devo assoar meu nariz. Micro
Ao aparar minha unhas –imagino-me vertical, no pátio-, perdi, outra vez a paisagem que eu já perdera. É que eu nunca cheguei a amadurecer, mas isso
já não me interessa. Amarelo
Essa cor, perdeu-se? Da última vez que ela esteve, o amarelo esteve sobre uma garrafa –e isto foi junto a uma voz? A garrafa era bastante vulgar.
Mas seria preciso, para redescobrer o amarelo, ter de esperar um sonho novo? Não sei e também não acho que esteja com disposição para ficar com cara de paisagem (mas o que eu quero dizer com isto?; o que quero dizer quando, com o amarelo, digo a mim mesmo que eu posso ficar com cara de paisagem?)
Começo a achar que estou dando voltas ao vazio.
|Lorenzo Garcia Vega nasceu em Jagüey Grande, província de Matanzas, Cuba, em 1926. Em 1952 recebeu o Prêmio Nacional de Literatura de Cuba. Entre seus últimos livros se encontram: El oficio de perder (2004), Cuerdas para Aleister (2005). Atualmente vive em Playa Albina, Miami.
| Tradução: Alfredo Fressia
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