vingança
choro sobre o prato. de prata é minha lágrima. debato-me peixe cego profundo
azul. o teu olhar oferece um pássaro embalsamado para estudos de dor. a
vingança. tenho o cheiro de flores imundas que me perseguem anos e anos.
outro presente de tua vingança. rugidos de leões, tigres e demônios na
imaginação. castigo meu esse ser velas de setecentos dias para iluminar
dia-a-dia mortos e jardins.
[Marco
Vasques]
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