Linhas de fuga | ||
A memória,
decantá-la, a lembrança amputada a escara que ainda dói,
um mergulho
sistemático no fundo do aquário em busca da escama, no hiato da pedra, o salto atávico,
gesto elaborado, reconhecer-se na forme do tigre,
sentir seus músculos, o hálito,
ler o segredo estampado
no rajasdo da pele.
[Ana Maria Ramiro, en Claudio Daniel Antologia de poesia brasileira do início do tercer milénio]
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